Katana – espada samurai japonesa

Espadas samurais

A katana,  (em japonês: 刀, katana) é o típico sabre longo japonês. No entanto, esta palavra foi incorporada na língua portuguesa no século XVI, após a chegada dos portugueses ao Japão. Por essa razão, nestes quase quinhentos anos, essa palavra foi perdendo a sua pronúncia japonesa aportuguesando-se e ganhou novos sentidos em português, especialmente nas variantes europeia, africana e asiática, designando uma variedade de objetos como espadas, sabres ou facões . Com o renovar do interesse pela cultura nipônica nos vários países de língua portuguesa, nos últimos anos, a palavra catana reforçou o seu sentido original. Surgida no Período Muromachi, era a arma padrão dos samurais e uma das suas variantes, a wakizashi, era usada pelos ninjas. É utilizada para a prática do kenjutsu, a arte de manejar a espada. Tem gume apenas de um lado, e sua lâmina é ligeiramente curva. Era usada tradicionalmente pelos samurais, acompanhada da wakizashi (脇差). A katana era usado em campo aberto, enquanto a wakizashi servia para combate no interior de edifícios. Apesar dos samurais terem desenvolvido tradicionalmente a esgrima usando uma espada manejada pelas duas mãos juntas, existem estilos de kenjutsu que possuem técnicas com ambas as espadas ao mesmo tempo, como por exemplo o Tenshin Shoden Katori Shinto Ryu e o Niten Ichi Ryu de Miyamoto Musashi. Em sua obra Gorin no Sho (O Livro dos Cinco Anéis), Musashi advoga o uso das duas espadas, dizendo ser “indigno do samurai morrer com uma espada ainda embainhada”. O conjunto das duas armas chama-se daisho(大小), literalmente “grande e pequeno”, e podia ser usado apenas pelos samurais, representando seu prestígio social e honra pessoal. A diferença entre a espada ninja (ninja-to) e a katana samurai se dá na sua forma, sendo que a ninja tem forma reta e ponta também reta, tendo a lâmina não tão afiada (em razão da pratica do “doku no jutsu” – envenenamento), já a samurai possui uma leve curvatura e ponta semi-curva, muito bem afiada. Isso se dá a diferença de que o ninja carrega sua espada nas costas, portanto um corte vertical de cima para baixo, e o samurai levar sua espada na altura da cintura realizando um corte transversal de baixo para cima ou horizontal. A katana era muito mais do que uma arma para um samurai: era a extensão de seu corpo e de sua mente. Forjadas em seus detalhes cuidadosamente, desde a ponta, até a curvatura da lâmina eram trabalhadas totalmente a mão. Assim, os samurais virtuosos e honrados faziam de sua espada uma filosofia de vida. Para o samurai, a espada não era apenas um instrumento de matar pessoas, mas sim uma forma de fazer a justiça e ajudar as pessoas. A espada ultrapassava seu sentido material; simbolicamente, era como um instrumento capaz de “cortar” as impurezas da mente. Havia ainda um sabre pequeno, chamado tantô, que era utilizado não apenas para combates, mas também para o ritual do seppuku (suicídio honroso). A diferença básica entre as três era o tamanho, tendo a Katana um comprimento de 60 ~ 90 cm de lâmina (hamon); a Wakizashi entre 30 ~ 60 cm; e o tantô um comprimento de cerca de 30 cm. Cada espadachim escolhia as espadas de acordo com as suas preferências, tanto em termos de forja, quanto em termos de comprimento e curvatura da lâmina. As medidas das espadas japonesas são referenciadas em shaku (equivalente a 30 cm). Qualquer lâmina que possuir até um shaku é considerada uma tantō; se o comprimento da lâmina for entre um e dois shaku, então ela é considerada uma shotō (é a categoria da wakizashi e da kodachi); se a lâmina possuir um comprimento maior que dois shaku, então ela é considerada uma daitō (como a katana e a tachi); e, ainda, se a lâmina tiver de quatro a cinco shaku, ela é considerada uma Masamune (katana de três punhos). Afora estes, existem muitas outras variantes de sabres japoneses. Kenjutsu, Kendo, Iaidô e Iaijutsu são as artes marciais comumente associadas ao manejo da Katana.   HISTÓRIA A espada foi a arma mais usada no Japão medieval, principalmente após sua unificação pelo Shogun Tokugawa Ieyasu (início do séc XVII), período de muitos duelos entre samurais. Tão grande era sua importância que foi declarada privilégio exclusivo da classe guerreira em 1588. “A espada é a alma do samurai”, disse Tokugawa Ieyasu. Um samurai era facilmente reconhecido pelas ruas por portar duas espadas presas ao obi, uma longa, a Katana (de 60 a 102 cm), usada nas lutas em locais amplos, e uma menor, a Wakizashi (de 30 a 60 cm), para espaços fechados. O Daishô, nome dado ao conjunto, representava o estatuto máximo dos samurais, simbolizando o orgulho e emblema do guerreiro. Havia uma terceira arma, o Tanto, uma faca fina que ficava escondida e que era usada só em emergências. A história da Katana está ligada à história do Japão e ao desenvolvimento das técnicas de luta. Sua denominação muda conforme o período ao qual as peças pertencem. Jokoto ano 795 Koto (espadas antigas) 795-1596 Shinto (espadas novas) 1596-1624 Gendaito (espadas contemporâneas) 1876-1953     Jokoto Durante o período Jokoto (800 d.C.), as espadas usadas eram retas, com fio simples (a Chokuto) ou duplo (Ken) e pobremente temperadas. Não havia um desenho padrão e eram atadas à cintura por meio de cordas. Evidências históricas sugerem que elas eram jians feitas por artesãos chineses e coreanos que trabalhavam no Japão.   Koto A partir do período Heian (794-1185), surge o termo Nipponto ou Nihonto, que significava “espada japonesa” (nippon=japão, to=espada). A mudança no estilo de luta criou a necessidade de alteração no seu formato. Não se guerreava mais a pé, mas sim a cavalo. As espadas tornaram-se longas, curvadas, com uma base mais larga e forte e uma ponta bem fina. As espadas desta época são chamadas de Tachi e representam a categoria das antigas espadas ou Koto. Neste período, as inscrições nas espadas derivavam, de motivos budistas, representando a forte ligação do cuteleiro com a religião e com seu trabalho. Foi criado o método

Forjando uma Katana (Espada Samurai Japonesa)

Lâmina da Katana

A katana era muito mais do que uma arma para um samurai: era a extensão de seu corpo e de sua mente. Forjadas em seus detalhes cuidadosamente, desde a ponta, até a curvatura da lâmina eram trabalhadas totalmente a mão. Assim, os samurais virtuosos e honrados faziam de sua espada uma filosofia de vida. Para o samurai, a espada não era apenas um instrumento de matar pessoas, mas sim uma forma de fazer a justiça e ajudar as pessoas. A espada ultrapassava seu sentido material; simbolicamente, era como um instrumento capaz de “cortar” as impurezas da mente.

Rara demonstração de Aikido de Morihei Ueshiba – 1957

Esta é uma rara demonstração realizada no Ministério Autodefesa em Akasaka, em Tóquio por volta de 1957. Esta seção é a perfomance de O Sensei Morihei Ueshiba. Seu principal uke são Hiroshi Tada e Nobuyoshi Tamura. O filme era parte da coleção particular de oito milímetros de André Nocquet. Nocquet foi o primeiro aluno não japonês a viver no dojo para treinar com o fundador do Aikido, Morihei Ueshiba. Ele passou três anos vivendo com a família Ueshiba, de 1955-1957 e treinou diariamente no Kobukan Dojo.

Histórias de quem conheceu o fundador do Aikido, O-Sensei Ueshiba

  Cansado de viajar e vislumbrando um trabalho difícil adiante, o jovem rapaz procurou um lugar para sentar naquele trem lotado. Acomodando-se perto daquele senhor franzino, sentou-se na parte de trás e lateral do vagão. “Não lhe conheço?”, perguntou o senhor próximo a ele. Suspirando, o rapaz olhou para a cara enrugada daquele sujeito e respondeu: “Eu acho que não”. “Engraçado, tenho certeza de que eu o conheço”, retrucou o senhor. “Qual o seu nome?”. O rapaz levantou-se e olhou seu novo companheiro de viagem mais diretamente. Dessa vez, com olhar ameaçador, ele anunciou com orgulho e arrogância: “Meu nome é Kenshiro Abbe, campeão japonês de Judô”. O senhor sorriu. “Ah, sim! Eu sabia que já tinha visto você antes”. “Por favor, você pode ficar quieto”, pediu Abbe, retornando ao seu lugar. “Eu tenho uma competição amanhã e preciso descansar”. “Claro”, disse o senhor. Mas, enquanto o trem seguia viagem pela estrada de ferro entrecortado pelo vento, e com o balanço que lhe é peculiar, o sujeito continuou tagarelando incessantemente. Até que, finalmente, Abbe levantou-se novamente e o encarou. “Cala essa boca, velho! Eu preciso dormir”. “Se eu sou só um velho e você esse tal campeão de Judô que você diz ser, talvez você possa quebrar o meu dedo. Eu fico quieto se você quebrar o meu dedinho”, disse o velho. Achando que se o fizesse ficaria livre do velho, o rapaz verificou o dedo que lhe havia sido ofertado. Cansado e irritado, ele agarrou o dedo do velho e torceu para quebrá-lo. O que se seguiu não foi o estalo curto e seco de um dedo sendo quebrado. Ao contrário, o que se viu foi um rapaz voando, caindo estatelado no chão daquele vagão e expelindo todo ar contido nos seus pulmões. E o pior, ele foi imobilizado. Depois de alguns instantes, o velho o libertou. “Quem é você?”, perguntou Abbe, maravilhado. “Eu sou Morihei Ueshiba, fundador do Aikido”. Abbe, ainda no chão do vagão, curvou-se para ele e perguntou se ele poderia ir ao seu dojô (local de treinamento) para treinar. Ele foi aceito como estudante e ficaria com Ueshiba por dez anos.   – Kenshiro Abbe       O Almirante Isamu Takeshita era professor de Jujitsu e sempre esteve envolvido com as artes marciais. Nos movimentos de O-Sensei, o Almirante Takeshita viu os movimentos das batalhas navais. Ele estava muito impressionado com O-Sensei. O Almirante Takeshita falou com o fundador do Judô, Kano Sensei, sobre O-Sensei. O Almirante Takeshita pediu a O-Sensei para ensinar Aikido na Escola Naval e convidou Kano Sensei para observar. Quando Kano Sensei viu O-Sensei, ele disse: “Sua arte é muito boa. Você pode ensinar os meus alunos?”. – Minoru Mochizuki       Quando vi O-Sensei pela primeira vez, imediatamente senti que ele não era uma pessoa comum. Mesmo sendo ele baixo e com uma barba enorme, ele parecia um nobre. Em particular, suas feições eram de uma pessoa digna e solene e aparentava ser alguém que possuía um nível muito elevado de espiritualidade. – Guji Yukitara Yamamoto       Um dia, um amigo me disse: “Um senhor muito forte apareceu em Shingu. Vamos dar uma olhada”. O Dojô era recente; O-Sensei veio pela primeira vez. O-Sensei estava lá com alguns dos seus deshi (alunos) e estavam treinando. Um dos deshi era mulher. Enquanto assistia o treino, fiquei pasmo com a mulher. O- Sensei veio e disse: “Vista seu Keikogi (uniforme de treino) e comece a praticar”. Eu não sabia nada de Aikido. Não tinha experiência nenhuma naquela arte marcial. Mas O-Sensei me disse para treinar com a mulher. Eu não poderia deixar passar essa oportunidade; eu era bem forte quando jovem. Assim, eu peguei meu Keikogi e fui para o tatami treinar com a mulher. Mas, para minha surpresa, não importava o que eu fizesse, eu era surrado e arremessado para um lado e para o outro. O-Sensei nunca ensinou ukemi (os movimentos do parceiro, uke, incluindo ataque e algumas vezes queda), ele simplesmente disse que você aprende praticando. Então eu perguntei a O-Sensei se eu podia ser seu aluno. Ele disse que eu precisava ter dois patrocinadores. Então eu consegui dois patrocinadores, entrei para o dojô e comecei a treinar. – Yuuichi Nakaguchi       A primeira vez que encontrei O-Sensei, eu estava fascinado pela atmosfera que o cercava. Ele era totalmente diferente daquilo que eu imaginava que um artista marcial seria. O-Sensei parecia que tinha uma determinação divina. Ele conseguia passar suas idéias de tal forma que qualquer um poderia aprimorá-las, de acordo com os seus sentimentos adquiridos através da prática contínua do Aikido. – Mamoru Suganuma       Por muitos anos fui responsável pelos Keikogi dos Ueshiba. Um dia eu fui levar pessoalmente os Keikogi encomendados. Eu fui até o antigo dojô e as pessoas estavam treinando quando, de repente, O-Sensei entrou. Incrível! Eu já havia ouvido falar a respeito de O-Sensei, mas nunca tivera a oportunidade de vê-lo em pessoa; eu não sabia nada sobre ele. Quando ele entrou, imediatamente as pessoas se sentaram, curvaram-se e fizeram reverência. Eu fiquei muito impressionado como a postura dos estudantes refletia uma atitude de profundo respeito, e aí eu pensei: ele deve ser um excelente professor. Essa percepção me deixou perplexo. Quando O-Sensei ensinava ele era severo e determinado. Sua conduta era de uma retidão a toda prova. Mas fora do dojô, ele era uma pessoa extremamente amável e gentil. – Ayako Ishiwata       A primeira vez que vi O-Sensei, ele estava sentado na sala, próximo à lareira. O-Sensei vestia um Kimono e parecia um eremita da montanha, mas não um ser humano comum. Uma pessoa muito atraente e cativante. O-Sensei perguntou sobre a família que me havia apresentado e depois contou estórias antigas (lendas, mistérios e tudo o mais). Então, eu entrei no dojô naquele dia. Naquela época, eu não estava preparado para conversar com O-Sensei. Sua cultura era vasta e profunda. – Sadateru Arikawa       O dia mais importante da

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